sexta-feira, 17 de outubro de 2008

SEMPRE!

Por Thiago Marimon


Confesso que vi as últimas gotas de meu otimismo em relação a este Brasileirão esvaindo-se na medida em que entregávamos aquele jogo em Curitiba. A derrota pôs fim a QUASE toda minha esperança por uma vaga no G4. Desculpem, mas é complicado mantê-la quando se vê o clube com a segunda maior folha de pagamento do futebol nacional amargando apenas e tão-somente a décima colocação. O Brasileirão hoje para mim vive apenas na ponta da caneta, na matemática. É possível, mas muito improvável... porém, enquanto ela, a matemática, permitir, seguiremos buscando. Sempre! Porém, nem tudo está perdido.

Confesso, amigos, eu desprezei a SULA. Não por ter caído nessas armadilhas de competição menor e afins. Vencer esta competição, batendo Boca, River, Chivas, não é para qualquer equipe brasileira. Tanto não é, que até agora nenhuma equipe tupiniquim ergueu esta Taça. Meu desprezo temporário se deu em função de encarar as duas primeiras fases da Sul-americana, como quem vai à Patos/PB jogar contra o Nacional, ou a Chapecó/SC liquidar o Chapecoense.

Senão vejamos, bater a equipe reserva do co-irmão foi simples, mas, pasmem, chegou a suscitar dúvidas sobre a nossa concreta e firmada paternidade, dúvidas essas que foram dirimidas, liquidadas, trucidadas, tal qual um exame de DNA realizado no Ratinho, em apenas 45 minutos no último baile, digo, clássico. O Universidad Católica, perdoem-me, “nón ecxiste”. Mesmo com time misto e o desfile em campo de Daniel Carvalho, classificamos.

Pois bem, agora quem vem é o temido, e outrora idolatrado em terras gaudérias, Boca Juniors. O bicho papão da América Latina. Logo, desprezo definitivamente não é a palavra mais adequada para este momento. Um confronto de gigantes, que mesmo não navegando em águas tranqüilas em seus respectivos campeonatos nacionais, não deixam de ser grandes.

Inegavelmente temos time, futebol, torcida e camisa para bater este respeitável adversário. Resta-nos, entretanto, jogar com raça, seriedade e humildade. Cada jogador que envergar o manto sagrado na próxima quarta feira, frente a um Gigante lotado, deverá, no mínimo, comer grama. Guiñazu estará à beira do campo, de olho em vocês, atletas colorados. Como diria o lendário Silvio Luis, “é chegada a hora de mostrar quem tem mais garrafa vazia para vender”.
Pequeno pensamento pequeno.

Perdão, não sou hipócrita, tenho que admitir, é sempre bom ver o co-irmão chorando. É um pensamento pequeno, sim, eu sei... mas quer saber?! Eu posso conviver bem com ele. Porém, uma coisa me deixou deveras chateado. Condenar os atletas azuis por atos de agressão covarde, como no caso de Léo, eu entendo, mas, condená-los por aflorar sua lascívia em campo é inconcebível. Réver e Morales não mereciam esta punição, estavam apenas, “cada um no seu quadrado”, seguindo seus desejos mais íntimos, seus instintos mais primitivos. E isto Tribunal nenhum pode condenar, seja em campo, ou dentro de um ônibus qualquer. E antes que eu esqueça, não comparem com 2005. O que aconteceu esta semana não chega nem perto.

(u) Tópica:

Ao ver o time jogar com a vontade que apresentou no último confronto, contra o Goiás, onde se esmerou para levar o gol de empate, fica complicado qualquer projeção otimista. Time nós temos, de sobra. Vontade, às vezes. E por isso, espero sinceramente que este binômio, time + vontade, esteja presente amanhã à tarde no Gigante. Pois, enquanto a matemática permitir, seguiremos buscando... Sempre!

Saudações Coloradas.

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