sábado, 10 de janeiro de 2009

ESTE ANO...

Por Raphael Castro


Vamos e venhamos, esta época é chatíssima: as especulações de sempre, notícias “receita de bolo” só pra ocupar o espaço suarento do verão jornalístico, e a galera nas redações batendo o espantamoscas (ortografia nova aqui?) contra suas camisetas de física, ao ritmo de lufadas quentes geradas por precários ventiladorzinhos de mesa. Como se vê, tudo mui deprimente, a exemplo daqueles “hang looses” que os boleiros mandam pavlovianamente para os fotógrafos a cada volta em torno do campo. Parafraseando Kurt Cobain, abstinência de futebol é, definitivamente, um horror...

I can see the light

Só que este ano tem “novidade”; sim, as aspas cabem aqui. Malditamente, aliás: este ano parece que estamos fazendo a coisa do jeito que se deve, ou seja, botando a rapaziada pra correr desde cedo, pra ninguém morrer antes da metade do segundo tempo. Depois de duas pré-temporadas sob o comando de Abel, o Maluco Beleza, subimos garbosamente a Serra com Adenor e seu espírito geométrico-pastoril.

Preparação

Com a rotina “Capitão Nascimento” do Dr. Fabio Mahseredjian (não dizer o nome dele ao contrário, se não ele é tragado para outra dimensão, que nem aquele inimigo do Super-Homem), podemos ter algumas certezas - e, se não certezas, razoáveis presságios, vai: o preparo físico vai melhorar e muito (algo como um engenheiro ter que saber aritmética, pra dizer o mínimo às mentes privilegiadas do biênio anterior); já teremos um esquema definido, que se provou minimamente efetivo nas lides platinas do ano passado; e continuamos atentos ao mercado (argh!), inclusive tentando acastelhanar mais ainda o time, via o argentino Ricardo “Tição” (Noir, para os franceses). Enfim, em tudo e por tudo, indicações de que não se repetirá marca no vanerão colorado este ano...

Contraponto

O contraste com a programação colóide dos últimos anos, então, é ao mesmo tempo saudável e irritante (mais ou menos que nem espremer espinha): tivesse havido, como (sempre) cobrado, mais inteligência e atenção com o início das temporadas ‘07 e ‘08, salpicadas com seriedade e recheio nas calças, certamente a(s) história(s) seria(m) outra(s), e o Centenário, americano. Mas fiquemos assim, seis competições...e no mínimo quatro títulos: Recopa, Gauchão, Copa do Brasil e Brasileiro são absoluta obrigação (como diria o meu nativista, tradicional, intransigente e inquisidor avô, S.Assis P.Ererê, “ou ronca a erva, ou não me pede mais mate...”).

Tópicas: vestes talares

Pelo amor de São Padre Cacique e de Nossa Senhora do Amor Rubro Todo-Poderoso, não vão me enfezar (de fezes, mesmo) a camisa do Centenário: vermelha, com gola e punho branco. E deu.

Tópicas 2: the question

Escaparemos do sempre redivivo FEBEPEÁ este ano? Nah, receio que não...

Bem, caros leitores, por enquanto é só isso – e ponto final.

Fui (e não a pé).

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