sábado, 18 de abril de 2009

À PAISANA.

Por Thiago Marimon


La Copa, a do Brasil, como bem sabemos, é traiçoeira. Não satisfeita com a peça que nos aplicou contra o finado e glorioso Rondon United, ontem ela voltou a atacar. Na tocaia, aprontou duas peças ao faceiro futebol carioca. O Botafogo (o original, não o dos Pampas), favorito para o título da Taça Rio contra o Flamengo, caiu diante do seu conterrâneo, o Americano de Campos, enquanto que o incensado Fluminense de Conca, Thiago Neves e Fred “Morrinson” voltou da terra de Jesus Cristo com um resultado adverso, turbinado por uma indesejável crise interna. A Copa age na camufla, e a nós, calejados que somos, cientes dos malfadados anos noventa e com a lembrança ainda fresca na memória dos confrontos contra Londrinas e Juventudes, cabe muita calma nessa hora.

Redundante dizer que um Clube com a estrutura que temos não pode se dar ao luxo de ficar de fora da maior competição das Américas. Portanto, a Copa do Brasil, o atalho mais curto para a Libertadores é de fundamental importância para o planejamento colorado. Nos meus 27 anos já pude ver a bandeira colorada triunfando do Rio Grande à Yokohama, mas ainda não tive a oportunidade de ver meu time Campeão Nacional (abraço Zveiter), e aguardo ansioso por este dia. Porém, se para erguer o caneco da Copa for necessário priorizá-la em detrimento do campeonato nacional, eu topo, na hora. Pois, por culpa do calendário da CBF, mais uma vez as duas maiores competições nacionais serão disputadas de forma simultânea, aberração esta que perdurará até a décima rodada do Brasileirão.

No último confronto, contra o poderoso Guarani, recém rebaixado para a divisão azul do paulistão, nosso iluminado entregador de coletes teve a brilhante idéia de sair jogando com Glaydson e Andrézinho, enquanto Giuliano e D’ale amargaram um banco, o resultado, assim como o futebol apresentado, foi insuficiente, forçando o jogo de volta, quarta feira próxima. Não temo este jogo, dentro de nossos domínios quem canta mais alto é o Inter, todavia, para manutenção desta senda de vitórias, será necessário, logo ali mais à frente, um futebol menos pastoril e mais agressivo, principalmente quando fora de nossos pagos. Se confirmarmos o favoritismo, eliminando o time de Campinas, o hipotético próximo adversário será o Náutico, encerrando aí o ciclo de confrontos “de menor importância”, o que já é um considerável alívio, mesmo que nas próximas fases encaremos Flamengo, Santos e MSI, nesta ordem.

O grupo do Inter é forjado para grandes disputas, para casa cheia, para Noites de Copa. Justamente por isso um confronto contra o Náutico merece uma grande dose de apreensão, dedicação e foco. Foco este que a partir deste domingo poderemos concentrar apenas e tão somente para Copa. Uma vez mantida a hegemonia regional, representada pela taça entregue pelo ilustre e aflito (não necessariamente nesta mesma ordem) Presidente eterno do Clube dos Treze, Sr. Fábio André Koff as mão de El Cholo, antecipando assim a decisão do título.

Temos time, grupo e torcida para conquistar a Copa do Brasil e de quebra fazer bonito no Brasileirão. É chegada a hora de espantar de uma vez por todas o fantasma dos anos noventa. Não há outro resultado aceitável, esta taça tem que ser nossa.

Saudações Coloradas.

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