terça-feira, 11 de agosto de 2009

Atualidades Coloradas.

Por Daniel Ricci Araújo


Como diria Jack, o Estripador (e sem contar o resultado de ontem, seja ele qual tenha sido), hoje vamos por partes.

Fernandão enlouqueceu – No bom sentido, é claro. O eterno Capitão América, vendo frustrada sua legítima pretensão de voltar ao Inter, disparou verbalmente com a fúria de uma de suas antigas cabeçadas letais contra a direção colorada. O grande ídolo errou, mas Fernandão poderia cometer mais um milhão de equívocos e tudo estaria bem. A sua volta ao Inter ocorrerá, mas não mais com calção e chuteiras. Para completar sua trajetória no clube, Fernando Lúcio da Costa será nosso presidente, assim como Beckenbauer foi do Bayern. Quem viver, verá.

Walter vem aí – Abro o jornal de ontem e deparo-me com a grande notícia: falta pouco para a maior promessa das categorias de base do Inter desde Alexandre Pato voltar a treinar com bola. A explosão muscular, o arranque felino, o chute feroz, mortal, encorpado, tudo isso são atributos inatos de Walter como a beleza está inscrita na genética da aspirante a misse. Quando estiver pronto, as únicas coisas que o separarão da titularidade serão quatro ou cinco jogos de sequência, e mais ele não precisará. O Inter tem um diamante bruto nas mãos. Poli-lo é sua obrigação.

Sonda pra cá, Sonda pra lá – Delcyr Sonda, o famoso capitalista colorado, virou o argumento delirante dos despossuídos de investidor. Com Sonda é mais fácil, nos falta um Sonda, babam os desmemoriados ex-beneficiados do seu patriarca Gerdau. É evidente que atualmente a importância do especulador futebolístico aumentou, mas também não é menos verdade ser o Inter, talvez junto com o São Paulo, o clube brasileiro mais atraente para esse tipo de negócio. Além do mais, nossas categorias de base continuam criando mercadorias de primeiro mundo, que despejam dinheiro a rodo nos nossos cofres. Vejam o caso de Nilmar: o Inter conseguiu lucrar duas vezes com ele, em 2004 e agora. É de se tirar o chapeu.

Contratação arrasa-quarteirão – Está faltando, mas talvez nem necessitemos dela. Considero Edu e Fabiano Eller bons negócios, mas eles não são, por exemplo, um Ricardo Oliveira, um Lúcio, um Riquelme, vá lá. Mas confesso que o sequestro de Nilmar para a Copa das Confederações abriu-me a seguinte certeza: estar dependente de jogadores convocáveis – já que a CBF anda para os clubes – pode ocasionar uma tragédia como a ocorrida com o Inter. Há outras razões, claro, mas se Nilmar não fosse fazer hora na África do Sul, seríamos agora campeões da Copa do Brasil. O ótimo jogador sem chances na Seleção pode, no momento decisivo, fazer os gols que o craque famoso não poderá marcar.

É Suruga neles – Por que fazer beicinho para a Taça Suruga? É caça-níquel? É. Não tem muito sentido técnico? Não tem. Mas é competição internacional, referendada pela Conmebol, e vale taça. Só de levantar cedinho da manhã para ver o Inter jogar no Japão já valeu, e muito. Vai ver a carranca alheia se deu por causa disso... Secar às sete horas da manhã? Haja paciência.

Alguém vai nos derrubar? – Por último, o fato é impressionante. Três rodadas parados e só perdemos duas posições na última delas, e ainda assim após muito esforço alheio. Os pessimistas alertavam que voltaríamos a território brasileiro em décimo lugar. Muito bem, aí está o Inter sendo mantido em cima da tabela por alguma força oculta, imaginemos nós. Quem será que nos tira dali? Pelo que tenho visto dos outros times desse campeonato, se bobear, só nós mesmos.

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