sexta-feira, 24 de abril de 2009

HOJE, AMANHÃ E DEPOIS...

Por Thiago Marimon


A traiçoeira Copa do Brasil segue fazendo suas vítimas dentre os clubes do chamado pelotão principal, ontem o Santos juntou-se ao Botafogo na lista dos precocemente eliminados, facilitando nosso caminho na luta por mais este caneco. Nós seguimos, e com louvor, para enfrentar o vencedor do confronto entre Criciúma e Náutico, hoje à noite, em Recife.

Mais do que uma vitória, quem esteve ontem no Gigante viu mais um show. Show de D’alessandro, o maior meia que já tive o prazer de ver jogar ao vivo, de Taison, rápido e objetivo como sempre, de Alecsandro, mortal dentro da área, de Índio, rumo à tornar-se o zagueiro com mais gols envergando o manto alvi-rubro. O clube vive uma fase mágica, diz o Presidente, a torcida está em estado de graça, alardeiam os entendidos. E o melhor, isso tudo é verdade. Difícil conter a euforia quando se vê o futebol apresentado pelo Inter de 2009. Sair de casa e rumar ao Gigante é garantia de gols. Resta saber quantos Taison irá guardar, quantas colunas D’alessandro entortará, quantos quilômetros o pulmão de Guiñazu aguentará. O Inter já não joga mais bola, dá show.

Os adversários, desde os mais tradicionais aos esporádicos, acusam o golpe. A imprensa, aquela ora azul, hoje é criticada aos quatro cantos por ser vermelha. A ordem hierárquica entre as competições não é mais respeitada. Tanto faz se os adversários a serem batidos falam português ou espanhol, afinal, como já se percebeu, são todos do mesmo naipe. Imprensa, torcida, secadores e demais amantes do esporte bretão querem gols, querem ver show. E isso, quem faz é o Inter. A equipe é solidária, aplicada e altamente competitiva. A repetição do esquema tático adotado por Tite vem dando resultados. Fabio Mahseredjian colocou todos na ponta dos cascos. O time está voando. E, sim, eu estou deslumbrado!

Porém, um pé atrás nunca é demais. Pois, apesar da evolução de Bolívar, ainda carecemos de um lateral direito mais presente no apoio e, muito embora não tenhamos sofrido gols nos últimos jogos, um zagueiro mais seguro e menos lento que Álvaro é recomendável. Além disso, adotando o co-irmão como parâmetro, veremos que desde o início da temporada fizemos apenas três jogos contra um adversário minimamente respeitável. Vencemos os todos é bem verdade, mas para uma projeção mais precisa do que esperar para este ano, necessitamos de uma maior amostragem. O primeiro grande teste do ano já tem data marcada. Acontece no dia dez de maio, no estádio do Pacaembu, contra o badalado MSI de Gordo e Brother Menezes, na abertura do campeonato nacional, obsessão colorada desde os gloriosos anos setenta.

Com Lauro, Bolívar (Leo Moura?), Sorondo, Índio e Kleber; Sandro, Guina, Magrão e D’ale; Nilmar e Taison e SETENTA E SEIS gols na temporada - média superior a TRÊS por jogo – eu acredito.

Manifestai-vos discípulos de Washington Olivetto, isso tudo é puro marketing!

Saudações Coloradas...

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