Por Thiago Marimon
Seria mais um ano de remake. Mais um 2006, 2007, 2008... como queiram. Mais um ano de um bom time Colorado deixando escorrer por entre os dedos o caneco do Brasileirinhas, assistindo a um time despontar na tabela. Seria, talvez, não fosse a fragilidade dos atuais ponteiros da tabela. Palmeiras, São Paulo e Inter não animam. Fosse algum deles mais atinado, já teria aberto dois meses de vantagem na ponta e estaria disputando a 26ª rodada com os juvenis. Mas não, os principais favoritos ao caneco patinam, derrapam, ao ponto de, após golear o lanterna, qualquer time mais ou menos já enche a boca para falar em título, liderança e quetais. Bem feito, culpa do triunvirato inconstante da ponta da tabela.
O Inter vai pra Salvador e dá o título do Gauchão pro Vitória. São Paulo sem força pra bater o velho conhecido e louco para cair Santo André, jogando praticamente em casa. E o Palmeiras, que ainda não jogou, eu duvido que bata o Cruzeiro em Minas no jogo que a Globo mudou para quarta. Quem gosta disso são os mortos vivos da parte debaixo. Enquanto os da frente trupicam, eles vêm chegando. No embalo que vai, se bobear, terminamos o ano torcendo pelo MSI do Mano ficar entre os quatro e nos dar uma beira na Libertadores de 2010. Inadmissível. É tão bom ver o MSI perder.
Zagueiros lamentam gols de bola parada, Fernando Carvalho fala que a projeção de pontos necessários para erguer o caneco vai cair, Piffero brada aos alto-falantes que altos e baixos são normais, e nesta toada vamos jogando pontos pelo ralo. Quarta feira já tem Sulamiranda novamente, mais um jogo valendo bananas contra um velho ilustre desconhecido. Quando esta competição finalmente esquentar, a partir das semifinais, eu quero estar tão animado com o título do nacional para poder me dar ao luxo de entrar com os reservas.
Mas para isso precisamos acertar alguns, se não todos, os ponteiros. Já desisti de ver o Pastor cair. Para isso acontecer, só com um grande desastre na Padre Cacique. Mas minha vontade de ver o Pastor fora não é tão grande a ponto de desejar isso. Só quero um time que faça o simples. D’alessandro e Andrezinho juntos vem dando errado desde nossa primeira derrota no ano, lá nos confins, contra o poderoso Rondon United, pela primeira rodada da Copa do Brasil. Quando parece que a equipe encaixou no famigerado 3-5-2, Adenor muda tudo. Perde uma peça para a maldita seleção da CBF e resolve mudar todo esquema que até então vinha dando certo. Trava o futebol de Kleber na ponta esquerda, embola o meio campo e finge acreditar que Alecsandro pode ser Nilmar.
A torcida não entende, a diretoria também não, a imprensa muito menos. A solução não poderia estar mais na moda. Percebendo a desconfiança geral em cima de seu trabalho, Tite, o Adenor, lança um DVD para esclarecer a todos, inclusive, pasmem, aos adversários, a forma com que o SEU time joga. Para ser um completo palhaço, só falta voar.
Alex, aquele traste, que faz falta, vai embora. Nilmar, e por último Magrão também pegam seu rumo. Enquanto isso, não temos um lateral direito no time. Danilo Silva é esforçado, nada mais que isso. Corre bem, tenta apoiar, sem a bola é um Garrincha, com ela é um, um... Danilo Silva. A zaga vira, mexe, muda, e segue furando. Lá se vão nove derrotas, onde o normal é o campeão ter quatro, cinco, em todo o campeonato.
E o mais é incrível é que, apesar de tudo isso, não está difícil de levar este caneco. Na pior, mas bem pior mesmo, das hipóteses, classificar para a Libertadores, mas, para isso, por favor, não me façam torcer pelo time do Mano...
Saudações Coloradas...
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
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