segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Que não me façam torcer pelo Mano...

Por Thiago Marimon


Seria mais um ano de remake. Mais um 2006, 2007, 2008... como queiram. Mais um ano de um bom time Colorado deixando escorrer por entre os dedos o caneco do Brasileirinhas, assistindo a um time despontar na tabela. Seria, talvez, não fosse a fragilidade dos atuais ponteiros da tabela. Palmeiras, São Paulo e Inter não animam. Fosse algum deles mais atinado, já teria aberto dois meses de vantagem na ponta e estaria disputando a 26ª rodada com os juvenis. Mas não, os principais favoritos ao caneco patinam, derrapam, ao ponto de, após golear o lanterna, qualquer time mais ou menos já enche a boca para falar em título, liderança e quetais. Bem feito, culpa do triunvirato inconstante da ponta da tabela.

O Inter vai pra Salvador e dá o título do Gauchão pro Vitória. São Paulo sem força pra bater o velho conhecido e louco para cair Santo André, jogando praticamente em casa. E o Palmeiras, que ainda não jogou, eu duvido que bata o Cruzeiro em Minas no jogo que a Globo mudou para quarta. Quem gosta disso são os mortos vivos da parte debaixo. Enquanto os da frente trupicam, eles vêm chegando. No embalo que vai, se bobear, terminamos o ano torcendo pelo MSI do Mano ficar entre os quatro e nos dar uma beira na Libertadores de 2010. Inadmissível. É tão bom ver o MSI perder.

Zagueiros lamentam gols de bola parada, Fernando Carvalho fala que a projeção de pontos necessários para erguer o caneco vai cair, Piffero brada aos alto-falantes que altos e baixos são normais, e nesta toada vamos jogando pontos pelo ralo. Quarta feira já tem Sulamiranda novamente, mais um jogo valendo bananas contra um velho ilustre desconhecido. Quando esta competição finalmente esquentar, a partir das semifinais, eu quero estar tão animado com o título do nacional para poder me dar ao luxo de entrar com os reservas.

Mas para isso precisamos acertar alguns, se não todos, os ponteiros. Já desisti de ver o Pastor cair. Para isso acontecer, só com um grande desastre na Padre Cacique. Mas minha vontade de ver o Pastor fora não é tão grande a ponto de desejar isso. Só quero um time que faça o simples. D’alessandro e Andrezinho juntos vem dando errado desde nossa primeira derrota no ano, lá nos confins, contra o poderoso Rondon United, pela primeira rodada da Copa do Brasil. Quando parece que a equipe encaixou no famigerado 3-5-2, Adenor muda tudo. Perde uma peça para a maldita seleção da CBF e resolve mudar todo esquema que até então vinha dando certo. Trava o futebol de Kleber na ponta esquerda, embola o meio campo e finge acreditar que Alecsandro pode ser Nilmar.

A torcida não entende, a diretoria também não, a imprensa muito menos. A solução não poderia estar mais na moda. Percebendo a desconfiança geral em cima de seu trabalho, Tite, o Adenor, lança um DVD para esclarecer a todos, inclusive, pasmem, aos adversários, a forma com que o SEU time joga. Para ser um completo palhaço, só falta voar.

Alex, aquele traste, que faz falta, vai embora. Nilmar, e por último Magrão também pegam seu rumo. Enquanto isso, não temos um lateral direito no time. Danilo Silva é esforçado, nada mais que isso. Corre bem, tenta apoiar, sem a bola é um Garrincha, com ela é um, um... Danilo Silva. A zaga vira, mexe, muda, e segue furando. Lá se vão nove derrotas, onde o normal é o campeão ter quatro, cinco, em todo o campeonato.

E o mais é incrível é que, apesar de tudo isso, não está difícil de levar este caneco. Na pior, mas bem pior mesmo, das hipóteses, classificar para a Libertadores, mas, para isso, por favor, não me façam torcer pelo time do Mano...

Saudações Coloradas...

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